Av. Itaberaba, 4330 - Jardim Almanara, São Paulo - SP (11) 3983-3191

Ministério Música

Líder: Claudio Peres

VIVENDO EM UNIDADE

Através desta mensagem gostaria de mostrar a necessidade de aprendermos a trabalhar em unidade na equipe de louvor. A Palavra de Deus diz que não há limites para uma unidade consagrada e um propósito apaixonado. Quando temos a mesma linguagem e somos um em propósito, Deus mesmo diz que não haverá restrição para tudo que intentarmos fazer.

1 - A EQUIPE UNIDA

Ser uma equipe unida, num só propósito não é algo simples de ser alcançado.
Paulo mostra que tal unidade é fruto de um processo: “Se há, pois, alguma exortação em Cristo, alguma consolação de amor, alguma comunhão do Espírito, se há entranhados afetos e misericórdias, completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento.” (Fp 2.1,2). Há uma diferença entre união & unidade. União é ter muitas batatas no mesmo saco, enquanto unidade é ter as batatas cozidas e amassadas na forma de um purê dentro do prato. A união não é difícil, basta colocar as batatas juntas, mas, para termos unidade, as batatas precisam passar pelo fogo, ser descascadas e, por fim, amassadas juntas.
O fogo aponta para o Espírito, o descascar é abrir mão do orgulho e o amassar é o quebrantamento. A unidade, portanto, tem um preço de fogo e quebrantamento.
Só assim podemos falar a mesma coisa e termos a mesma disposição mental. O próprio Senhor Jesus Disse que um reino dividido não pode subsistir (Mt 12.25).
Por outro ângulo, não há limites ou restrições para um grupo que tem unanimidade de propósito.
Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio.
Os porcos-espinhos perceberam a situação e resolveram juntar-se em grupo.
Assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente. Mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que forneciam mais calor.
Por isso, tornaram a se afastar uns dos outros. O resultado foi que voltaram a morrer congelados. Eles precisaram fazer uma escolha: ou desapareciam da Terra ou aceitavam os espinhos dos semelhantes. Sabidamente, decidiram voltar a ficar juntos. Aprenderam a conviver com as pequenas feridas que uma relação muito próxima podia causar, já que o importante era o calor um do outro. E, dessa forma, puderam sobreviver. A frieza e a friagem nos assolam, precisamos nos manter aquecidos e até incendiados, mas isso só será possível se nos mantivermos juntos.
É como uma brasa: se ela fica sozinha, se apaga. A proximidade e a comunhão, porém, têm um preço pequenas feridas sempre surgem quando nos aproximamos e nos relacionamos.

2. TODOS TÊM A MESMA LINGUAGEM

O Livro de Gênesis nos diz que o povo que construía a torre era um e tinha o mesmo falar, por isso não haveria restrição para tudo o que intentassem fazer (Gn11.6). Paulo orienta os coríntios dentro do mesmo princípio: que falassem a mesma coisa; que tivessem uma mesma disposição mental e um mesmo parecer (1Co 1.10). Não basta termos unidade de propósito, precisamos também ter unidade de linguagem. É preciso falar a mesma coisa. Falar a mesma coisa significa ter o mesmo coração.
Quando vemos os gansos voando em formação de “V”, ficamos curiosos sobre as razões pelas quais eles escolhem voar dessa forma. Os cientistas analisaram e fizeram algumas descobertas.
Primeiro eles observaram que, à medida que cada ave bate suas asas, ela cria uma sustentação para a ave seguinte. Voando em formação “V”, o grupo inteiro consegue voar uma distância pelo menos 70% maior do que se cada ave voasse isoladamente. Da mesma forma, quando pessoas que compartilham de um mesmo sonho e uma mesma direção andam juntas, elas chegam mais rápido por que juntas elas produzem um ambiente positivo de fé.
A segunda coisa que os cientistas descobriram foi que sempre que um ganso sai fora da formação ele imediatamente sente o peso de voar só e rapidamente retorna à formação. Sabemos que há segurança no grupo, na comunhão, e poderemos viver a vida cristã mais facilmente se o fizermos na formação do grupo. uma outra constatação feita foi a de que quando o ganso líder se cansa ele reveza, indo para a traseira do “V”, enquanto outro toma à dianteira.
Assim, também, quando temos de fazer um trabalho árduo, necessitamos de revezamento. Nossa equipe só vai avançar se todos se revezarem pelo encargo da Oração, Jejum e Palavra de Deus.
Os cientistas também observaram que os gansos que vão atrás na formação grasnam o tempo todo para que o ganso que está à frente mantenha o ritmo e a velocidade. É um fato da vida que todos necessitamos de estímulo, elogio e apoio para avançarmos em nosso trabalho. E, por fim, quando um ganso adoece ou se fere e deixa o grupo, dois outros gansos saem da formação e o seguem para ajudar a protegê-lo. Eles o acompanham até a solução do problema e então reiniciam a jornada com o seu grupo original ou se juntam a um novo grupo. Em nossa equipe tem que haver um lugar de solidariedade e compromisso mútuo. Não podemos abandonar o nosso irmão quando ele está em lutas e dificuldades.

3. NÃO HAVERÁ RESTRIÇÃO PARA TUDO QUE INTENTAM FAZER

O inimigo não pode resistir uma equipe consagrada. As portas do inferno não nos resistirão se formos um “purê de batatas” e não um monte de batatas reunidas aos domingos num mesmo saco. Conta-se que em uma marcenaria houve uma estranha assembléia. Foi uma reunião de ferramentas para acertarem suas diferenças. O martelo exerceu a presi-dência, mas os participantes o notificaram que teria de renunciar. A causa? Fazia dema-siado barulho, além do mais, passava o tempo todo golpeando. O martelo reconheceu sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso, dizendo que este dava muitas voltas para conseguir falar algo. Diante do ataque, o parafuso concordou, mas, por sua vez pediu a expulsão da lixa. Dizia que ela era muito áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em atrito. A lixa acatou, com a condição de que expulsassem o metro, que sempre media os outros segundo a sua medida, como se fosse o único perfeito. Nesse momento entrou o marceneiro, juntou o material e iniciou o seu trabalho. utilizou o martelo, a lixa, o metro e o parafuso. Finalmente a rústica madeira se converteu num fino móvel. Quando ele terminou e a marcenaria ficou só novamente, a assembléia reativou a discussão. Foi então que o serrote tomou a palavra e disse: ”Senhores, ficou demonstrado que todos temos defeitos, mas o marceneiro trabalha com nossas dificuldades e com os nossos pontos valiosos. Assim, não pensemos nos nossos pontos fracos, mas concentremo-nos em nossos pontos fortes”. A assembléia entendeu que o martelo era forte, o para-fuso unia e dava força, a lixa era especial para limar e afinar as asperezas,o metro era preciso e exato e cada ferramenta tinha sua utilidade. Sentiram-se então como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade. Agora não haveria restrição para tudo o que intentassem fazer.

“Que Deus possa colocar em seu entendimento, o verdadeiro sentido do que é viver em comunhão”.

Paulo Rodrigues
Ministro de louvor